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Em "Planeta Marte, A Destruição Final", somos levados a um futuro distópico em que a humanidade decide tomar uma atitude drástica para se livrar das armas nucleares. Lançando-as ao espaço, os seres humanos acreditavam estar eliminando o perigo iminente. No entanto, o destino reserva um desfecho inimaginável: as armas nucleares encontram seu caminho até o planeta Marte, causando uma devastação completa e aniquilando toda forma de vida marciana.

Sobreviventes astronautas marcianos testemunham a destruição de seu lar e embarcam em uma perigosa jornada rumo à Terra, determinados a descobrir o porquê de os seres humanos terem causado tal calamidade. Ao chegarem ao nosso planeta, eles se veem diante de uma civilização terráquea em ruínas, assolada por conflitos e caos. Enquanto desvendam os mistérios por trás da destruição de Marte, os astronautas marcianos se deparam com uma verdade sombria sobre os próprios fundamentos da natureza humana e o preço a ser pago pelo poder.

"Planeta Marte, A Destruição Final" é uma obra de ficção científica que mergulha o leitor em uma reflexão profunda sobre as consequências das decisões humanas e as fronteiras éticas da ciência e tecnologia. Com uma trama repleta de reviravoltas e questionamentos filosóficos, o livro explora os limites da responsabilidade humana e a importância de enfrentar as consequências de nossos atos. Uma narrativa envolvente que nos leva a repensar nossa relação com o universo e o impac

O PLANETA MARTE

Marte não era um planeta perfeito, seus habitantes tinham conflitos entre si, mas era um lugar de harmonia e belo. Sempre muito empenhados em preservar o que havia de melhor ao seu redor os marcianos levavam uma vida disciplinada e pautada em princípios básicos de existência, marcada pelo conhecimento e evolução tecnológica a ponto de suas naves voarem no espaço na velocidade da luz. Tudo isso havia sido conquistado através de uma história de mais de 20 mil anos de desenvolvimento de sua civilização.

O planeta Marte girava em torno da majestosa Estrela Gon. Abrigava muitas formas de vida animal, eram mais de vinte milhões de espécies das mais variadas formas, entre elas animais voadores, aquáticos e terrestres, alguns coloridos e outros brilhantes. Os insetos também eram coloridos em sua maioria. E ao contrário do que todos podem pensar, os marcianos não eram verdes, tampouco tinham três orelhas ou quatro olhos.

Os marcianos eram tão belos quanto os seres humanos. Toda energia que abastecia o planeta provinha da Estrela Gon, a grande fonte de energia inesgotável! Seus prédios, laboratórios, casas, carros e aparelhos de comunicação eram mantidos e funcionavam totalmente com a energia dessa estrela. A sua grande Lua Neor era aquela que brilhava e enfeitava o céu marciano durante a noite. Na antiga civilização marciana aconteceram algumas revoluções e conflitos, mas já em seu ano de 20.002 isso já não mais acontecia.

Marte também era dividido em nações, e o grande departamento espacial de Marte levava o nome de Estrela Gon, uma homenagem ao seu Sol. Os astronautas Leidra, Gon, Eartrom e Ziol eram os grandes astronautas marcianos que comandavam o departamento espacial e também viajavam em suas naves em expedições interplanetárias. Leidra era o comandante e também o mais experiente. As expedições eram longas. A última que fizeram foi ao planeta Hety.

 

PLANETA TERRA

Depois de sofrerem as consequências de seus próprios atos, enfim todos os governantes da Terra decidiram se reunir em Copenhague na Dinamarca para decidirem o que seria feito das armas nucleares sofisticadas produzidas por vários países e mantidas em segredo por muitos anos.

Quando se revelou ao mundo a existência dessas armas em potência e grandes quantidades houve comoção e revolta entre os seres humanos na Terra. Naquela altura dos acontecimentos haviam sido fabricadas milhares de bombas de fissão nuclear e outras milhares de bombas de fusão.

Era preciso descartá-las, mandar para bem longe todo esse armamento nuclear. Seria um basta nas possíveis destruições futuras e na fama que os seres humanos têm de maus e destruidores. Em Copenhague a decisão foi unânime, todo o armamento nuclear seria colocado em duas grandes cápsulas, parecidas com naves espaciais, e lançado no espaço para ser detonado muito longe do planeta Terra.

As cápsulas explodiriam nos confins espaço sob o comando de um sinal que seria enviado. A humanidade comemorou, pois essa foi a decisão e atitude mais humana que os governantes terráqueos já tomaram.

Todos estariam em paz, sem a ameaça do terror vivido em Hiroshima e Nagasaki, e também na terceira guerra mundial que trouxera consequências graves para boa parte do mundo. Finalmente a paz tão desejada se aproximava da humanidade. No dia 10 de novembro de 2020 esse nobre feito foi realizado. Aos olhos atentos de todas as nações as duas cápsulas com as armas nucleares foram lançadas no espaço para serem detonadas muito longe no vácuo.

Anos depois os botões para enviar o sinal de detonação das cápsulas foram acionados. Os astrônomos responsáveis estavam ansiosos para anunciar ao mundo o fim das armas nucleares. Mas algo dera errado, os astrônomos choraram.

Os sistema que emitiria o sinal para a detonação das cápsulas falharam e estas não foram destruídas, elas simplesmente permaneceram vagando sem rumo pelo espaço infinito, havia o risco de algum dia elas retornarem à órbita do planeta Terra, uma possibilidade remota uma vez que já estavam longe, mas nada é impossível. Os habitantes da Terra não foram avisados sobre essa falha ocorrida. Tendo sido ocultado, isso foi esquecido por todos. Nada mais poderia ser feito. O contato com as cápsulas havia sido perdido, mas os cientistas se mantiveram alertas ao longo dos anos. A essa altura dos acontecimentos o planeta Terra já estava em 2070 E.C.

 

OS HABITANTES DE MARTE

Entre os marcianos havia uma regra ética que dizia que jamais nenhum marciano se aproveitaria de sua tecnologia para invadir qualquer outro planeta, nem para escravizar seus habitantes, nem para fazer guerras nem tampouco para explorar seus recursos naturais.

Essa lei era obedecida por todos os astronautas de Marte. Leidra, Gon, Eartrom e Ziol voltavam de uma expedição no planeta Hety na galáxia de Libe, eles estavam lá para salvar os habitantes de Hety da extinção absoluta depois que um terrível vírus criado em laboratório pelos próprios hetys havia se espalhado de maneira pandêmica e devastadora naquele planeta, eles lhes levaram a cura.

Ao entrarem na atmosfera de Marte algo de muito tenebroso aconteceu com os astronautas, sentiam que algo em seu planeta estava errado. Ao aterrissarem a nave no solo tudo que viram ao seu redor foi destruição, corpos dilacerados e coisas semidesintegradas.

O cenário marciano era de uma verdadeira catástrofe, mas que catástrofe teria sido essa? Eles também não sabiam. Ao deixarem seu planeta tudo estava tão bem. Mas o pior acontecera, uma das cápsulas com as bombas nucleares lançadas pelos terráqueos no espaço atingiu cruelmente o planeta Marte. Tudo estava devastado.

Não foi possível identificar nem impedir a chegada da cápsula, ela caiu em Marte tal qual um cometa furioso, em uma velocidade monstruosa, foi algo pavoroso para todos os marcianos, inclusive para seus cientistas que não esperavam por isso. Sim, houveram sobreviventes naquele imenso deserto radioativo que Marte se tornou Marte agora era o deserto das cinzas, os astronautas saíram da nave depois de sobrevoarem o planeta, e Leidra com lágrimas correndo pelos seus olhos expressou sua constatação aos companheiros:

– Sofremos um ataque nuclear!

– Mas quem nos atacaria? E como com toda nossa tecnologia não pudemos identificar esse ataque? Somos a civilização mais evoluída de nossa região galácticaGon questionou sem forças e com sua alma destruída ao ver seu lindo planeta transformado em escombros.

– Isso é difícil de aceitar. Esse não pode ser Marte, nos enganamos de planeta. Como poderíamos ser atacados a troco de nada? E onde estão os que nos destruíram?Ziol disse inconformado.

– Que civilização perversa pode ser essa que destrói um mundo onde as pessoas eram felizes?– Eartrom lamentou também chorando.

Os quatro astronautas choraram muito e se abraçaram na tentativa de consolarem-se, mas foi inútil, pois para aquilo não havia consolo. Depois que saíram da nave percorreram o solo, ao tirarem seus capacetes sentiram uma grande dor não somente em seus corações, mas também em seus corpos.

O efeito da intensa radioatividade fez com que a pele daqueles marcianos ficassem vermelhas, eram agora seres realmente estranhos e diferentes do que eram antes. Ao caírem de joelhos no chão esses astronautas gritaram de dor enquanto choravam sem parar lamentando a grande tragédia. Mas aqueles fortes e honrados marcianos não poderiam se entregar ao desespero assim tão facilmente por maior que fosse sua dor.

Eles recolheram fragmentos da cápsula e os vestígios das bombas para analisarem-nos no laboratório de sua espaçonave. Precisavam descobrir de onde provinham aquelas bombas que destruíram seu planeta.

 

Jamila Mafra 

Mafra Editions e Jamila Mafra
Enviado por Mafra Editions em 23/08/2023
Alterado em 23/08/2023
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